Acompanhe em tempo real os principais acontecimentos do segundo dia de júri em MG
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Tue, Nov 20 2012 07:36:19
13h16: Francisco Simim, advogado de Bruno, pergunta por que Zezé - que apresentou Bola a Macarrão - não foi investigado. "É um policial civil aposentado e, portanto, afastado de suas funções. O nome dele é José Lauriano de Assis Filho. Ele foi investigado e ouvido em depoimento", responde a delegada.
13h11: Jorge chegou em Minas, levado por autoridades judiciais do Rio de Janeiro. No trevo da BR-040, em Nova Lima, os investigadores da Polícia Civil encontraram com a equipe e seguiram com o menor para a casa de Bola, em Vespasiano. No caminho, o menor reconheceu o trajeto e orientou os policiais. Assim que se aproximou do imóvel, aterrorizado, o primo de Bruno urinou nas calças. Jorge, hoje maior de idade, é protegido pela Justiça e não vai depor no julgamento.
13h10: Conforme Ana Maria, 24 horas depois de ter ouvido o menor, ela retornou ao Centro de Internação Provisório (Ceip), em BH, onde o adolescente ficou acautelado, para dar continuidade ao depoimento. Porém, o rapaz não quis falar mais nada. Ele foi orientado pelos familiares e pelo advogado Eliezer a só se pronunciar somente em juízo.
12h55: A delegada é categórica ao confirmar confiança no depoimento de Jorge Luiz. "Sem duvida nenhuma, o depoimento do menor, com a riqueza de detalhes, com a emoção com que ele se expressou, passou muita credibilidade. Atingiu a mim e a minha escrivã."
12h51: Bola tinha um saco em mãos, onde parecia estar o corpo. "O executor, então, pegou uma mão humana de dentro do saco e atirou para os cães. O menor disse que a lembrança da figura daquele senhor o deixava bastante atordoado", relatou a delegada.
12h50: Depois que Eliza foi morta, Macarrão e Sérgio, o outro primo de Bruno, ficaram assustados, contou o menor. "O executor (Bola) pediu que eles aguardassem e saiu levando o corpo. Depois, voltou e disse que, dali por diante, não se preocupassem porque ele daria um fim ao corpo."
12h47: Macarrão começa a chorar e diz novamente: "mentira".
12h46: Ana Maria detalha a morte de Eliza, segundo o depoimento do primo de Bruno: "O menor contou que Macarrão amarrou as mãos de Eliza e a chutou. Depois, Bola deu uma gravata nela. Nesse momento, em que Eliza era apertada, ela foi arregalando os olhos, que foram ficando vermelhos, cor de sangue, e língua foi indo para fora. Saiu espuma da boca. Ela caiu no chão e, depois de poucos movimentos, parou".
12h45: Macarrão se mostra contrariado com o depoimento de Ana Maria sobre a morte de Eliza. Balançando a cabeça negativamente, ele repete: "Mentira, mentira".
12h44: A delegada diz que Bola teria se identificado para Eliza como policial e dito a ela que deveria ficar tranquila. Ainda baseada no depoimento do menor, Ana Maria acrescenta que Macarrão disse à jovem que Bola a levaria para o apartamento que ela moraria com o bebê. Na verdade, Eliza seria morta. "No depoimento, Jorge Luiz ficava visivelmente alterado emocionalmente. Em um momento, ele contou que tinha dificuldade de falar daquilo. E perguntou se podia segurar na minha mão. Disse, ainda, que aquelas lembranças é que impediam que ele dormisse".
12h37: O primo de Bruno também falou sobre o dia em que Eliza Samudio teria sido morta, continua a delegada. Conforme ela, Macarrão contatou um homem chamado Bola - apontado como o assassino da jovem. "Ao chegar na casa dele, o veículo foi estacionado dentro da garagem. Macarrão saiu do carro e teve uma conversa reservada com Bola. Em seguida, determinou que todos saíssem do carro e ali se deu a execução de Eliza Samudio, enquanto Sérgio tinha nas mãos o bebê."
12h28: Ainda sobre o depoimento de Jorge Luiz, a delegada diz que o então menor falou por um longo período e "se esforçou para dar o máximo de detalhes". Houve uma pausa para almoço, lanche e descanso. "Depois do almoço, ele pediu um intervalo para cochilar." De acordo com a declaração de Ana Maria, o jovem não foi coagido em nenhum momento.
12h20: A delegada afirma que, ao chegar em Minas, Jorge Luiz foi imediatamente apresentado à Vara da Infância e da Juventude. "Perante o juiz, o menor contou que auxiliou no sequestro de Eliza e seu bebê, e informou que dentro do veículo ele a agrediu. Contou para onde ela foi trazida e, depois, como se deu a execução, a morte dela. E também o que teria ocorrido com os restos mortais dela."
12h: Ana Maria declara que Bruno e Jorge Luiz Lisboa Rosa (menor de idade na época do crime) foram criados pela mesma pessoa: Estela, avó do goleiro. Ameaçado por traficantes, o então adolescente passou a morar na casa do primo. "Ele tinha pego uma certa quantidade de drogas e não conseguiu vender", explica ela.
11h51: A primeira pessoa a quem Bruninho teria sido entregue seria Júlia, então mulher de Cleiton (o ex-motorista que depôs ontem). "A criança estava no sitio e, diante da notícia que chegou à delegacia, foi entregue à Júlia pela Dayanne na BR-040", afirma a delegada. "Mas o senhor Cleiton teria dito à mulher que aquela criança daria problema, era confusão." Então, o menino, que na época era chamado de Yuri, foi levado para outra casa.
11h50: "A delegacia procurava a criança e queria confirmar se a vítima havia sido morta. Dayanne telefonou e disse que a imprensa do Rio de Janeiro dizia que Eliza estava morta, mas Dayanne afirmava que ela estava viva", conta Ana Maria Santos. Coxinha confirmou a existência de uma criança e se dispôs a levar os policiais até a casa onde ela estava, alegando que não queria problema com a polícia.